quarta-feira, 3 de abril de 2013

Corpo



Dois diferentes seres, maduros e quentes
Encontram-se e decidem em suas mentes
Apaixonar-se e produzir sementes
Nas dermes da dinâmica, macho nascente

Eu, terceiro na família, presente
Aos dezoito, termitente, ausente
Bandeirante, estudante, eloquente
Horizontes londrinos somente

Encontrei-a feia, suja e tímida
Na noite prostituta, drogada, maculada
Entretanto, após cada dormida
Amanhece vencedora, limpa, santificada

Sou canibal de um único Deus-humano
Como sua carne e bebo o seu sangue
Acredito nas palavras desse mano
É mágico, espiritual, mas não é transe  


Por que o porquê do porque é por quê?