quarta-feira, 13 de março de 2013

Ídio, mas estranho





Conheço oito línguas gramatico-verbais
Quatro latinas, do vernacular e tais
Duas anglos usadas como aventais
Duas bíblicas, mortas mas divinais
Sou um, apenas, entre os maiorais

Mas é ferido e sozinho no cais
Quando amigo querido a mais
Diz-me: sou o bom dos fatais
Falo a língua dos angelicais
Aquela dos espirituais

Ah, se crentais lessem os carismatais
Discerniriam sobre os falsos prophetais
Que hoje se apegam aos fenomenais
Julgando-se próprios os morais
De questões pessoais.

Língua estranha só quando não soboreais
No encontro dos alvéolos palatais
A doçura e a textura das vogais
Em encontros significativos consonantais
E também quando não degustais
Em constantes mutações dos atos graphais
Apresentações dos sinais morphais
Dando sentido aos termos lexicais.
Pois só assim é que revelações aos laicais
Se tornam voz de Deus nos dias atuais.

Viver egóico das idiossincrasias factuais
Palavras distorcidas distantes dos ideais
É o que vejo nesses pseudo ideolectais
E a ecclesia nem lamentais!