sexta-feira, 22 de março de 2013

Calça o cidadão




Houve reformas na grande calçada central da cidade
Era aqui que costuma vir para entender a dinamicidade
Da pequena Londres, outrora, opaca sem vivacidade
Hoje, com espaços amplos, de ampla circularidade

Li comentários sobre a mudança dos estabelecimentos
Havendo demora em reconhecer que tais esclarecimentos
Eram como desrespeito aos eventuais surgimentos
Da política de ações contra o visual, sem cabimentos

A crítica só é legítima enquanto a obra não for acabada
No final, calam-se as vozes da injúria desinformada
O Executivo só fez porque foi, ademais, autorizada
Ninguém constrói melhor se o antes não for derrubada!

Deve-se mostrar o ímpeto dos munícipes em festejar
Agora com uma obra dessas em petit pavé a pisar
Mosaicos indefinidos só do alto a figura há de mostrar
São os enigmas do povo que desaprendeu a admirar

Calcadão é feito para comercializar e andar
É o lugar para demonstrará um novo pensar
Em outras obras, a administração terá de recuar
Quando se tratar de obras cujo valor é cidadanizar

Hoje degustarei apenas o centro - o meu olhar
É que ainda quero refletir melhor quando lá passar
Observarei o povo - andarilho sempre a revelar
É que ele calça o cidadão - Londrina há de melhorar!